10 de maio de 2018

China, Estados Unidos e Alemanha lideram o ranking de geração de energia solar

A energia fotovoltaica é a grande aposta das potências mundiais. Entenda como ela está se espalhando pelo mundo e quais são as perspectivas brasileiras.

 

A energia solar é uma das fontes mais limpas, seguras e abundantes que conhecemos. Para você ter uma ideia, a irradiação solar que atinge a Terra em um único dia é capaz de suprir toda a nossa necessidade energética durante um ano, segundo pesquisa divulgada pela Quartz. Por este motivo, países do mundo inteiro estão investindo, cada vez mais, em energia fotovoltaica – motivados, principalmente, por incentivos fiscais.

 

E no território brasileiro? Quais são as perspectivas? Nosso país possui um dos maiores índices de radiação solar do mundo, mas, apesar disso, a energia solar contribui para apenas 0,2% da matriz energética do país.

 

A expansão da energia solar pelo mundo

Nos anos 90, os Estados Unidos liderava a geração de energia solar no mundo. A partir de 2010, o cenário mudou e países como China, Japão e Alemanha também passaram a disputar o ranking. Em 2016, a China assumiu o 1º lugar, produzindo cerca de 19% de toda a energia fotovoltaica mundial, marco que deu início à “Corrida Solar”. *

 

A China está investindo bilhões em projetos de energia renováveis para, com isso, abandonar o título de vilã das mudanças climáticas. Em Beijing está instalada a usina Longyangxia, um grande projeto composto por mais de 4 milhões de painéis fotovoltaicos espalhados em uma área de 27 km². Hoje, a usina gera 850 MW (megaWatts) de potência, o suficiente para abastecer 200 mil casas.

 

(Painéis solares na usina de Longyangxia , China. Imagem: Master Builder)

 

No território americano, a Califórnia é o estado que mais produz e utiliza energia fotovoltaica. Em 11 março de 2017, os californianos geraram tanta energia solar que, por algumas horas desse dia, mais da metade do consumo elétrico de seus 39 milhões de habitantes foi suprida com a energia do Sol, de acordo com a US Energy Information Administration (EIA).  O mais incrível é que, 15 anos atrás, a Califórnia praticamente não gerava energia solar – um salto e tanto, não acha?

 

(Geração de energia solar na Califórnia, EUA. Imagem: Progrss)

 

 

Outro fato curioso aconteceu recentemente na Alemanha, também em 2017. No dia 8 de maio, o país produziu tanta energia limpa que conseguiu abastecer 87% de sua demanda energética, quase 55 GW dos 63 GW exigidos.

 

Christoph Podewils, do Instituto de Pesquisa de Energia Limpa da Alemanha, disse em uma matéria para a Quartz: “Nós temos uma maior participação das renováveis a cada ano. A rede elétrica do país adaptou-se muito bem a isso. Esse dia mostra novamente que um sistema de energia com um grande número de renováveis funciona muito bem”.

 

Em 2016, o Ministério de Minas e Energia divulgou um estudo que aponta os caminhos da energia solar em todo o mundo. Espera-se que, em 2050, a energia solar corresponda a 11% da oferta mundial de energia elétrica, algo próximo a 5.000 TWh. A área coberta pelas instalações seria de 8 mil km². Países como a Austrália, Chile, Índia, México, Peru e África do Sul, assim como parte da Ásia Central e do Oriente Médio, deverão aparecer no ranking de exportação de energia solar.

 

Perspectivas no Brasil

 

 (Imagem: RenewEconomy)

 

Se comparada ao exterior, a geração de energia solar no Brasil é pouco explorada. Em outubro de 2017, o Brasil contava com 438,3 MW de potência instalada, o que corresponde a 15,7 mil instalações.* Para potencializar a geração de energia fotovoltaica, o governo brasileiro implementou leis de incentivo, entre elas a Chamada Pública (CP) ANEEL,  a isenção de IPIe ICMS, desconto na TUST/TUSD. Isso quer dizer que a sua empresa pode se beneficiar desses incentivos para poupar. Veja aqui a lista completa.

 

Em relação ao futuro, o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2026), estima que a capacidade de geração de energia solar instalada no Brasil atinja 13 GW em 2026. Os estudos do Plano Nacional de Energia, elaborados pela Empresa de Pesquisa Energética, por sua vez, estimam que, em 2050, a potência gerada será de 78 GW.

 

Isso quer dizer que a sua empresa deve, desde já, ponderar o uso de energia solar, uma vez que ela apresenta, como principais vantagens, uma redução significativa na conta de luz e um certo retorno sobre o investimento.

 

*Dados divulgados pelo MME.


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