12 de outubro de 2019

Como a energia solar pode ajudar sua empresa

O Brasil ultrapassou a marca histórica de 1 gigawatt de potência instalada em geração distribuída, segundo levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O dado mostra que os consumidores estão cada vez mais preocupados em produzir eletricidade a partir de fontes renováveis, como a energia solar. Não é diferente com as empresas. Os altos custos e a preocupação com a disponibilidade do recurso no longo prazo têm feito muitas companhias buscarem soluções para gerar sua própria energia.

Mas como se tornar independente? Primeiro, é preciso entender como funciona o sistema tradicional. Ele é composto por grandes unidades produtoras, como as hidrelétricas e termelétricas, longe dos grandes centros urbanos. A eletricidade produzida nesses lugares percorre milhares de quilômetros até chegar aos centros de consumo, de onde é distribuída para os consumidores. Durante esse caminho, ainda acontecem perdas nas redes de transmissão e quem paga por isso é o consumidor.

Já no modelo de geração distribuída, empresas ou residências podem produzir sua própria energia por meio de painéis fotovoltaicos, por exemplo. Mas é preciso seguir alguns passos para instalar o sistema e se conectar à rede de distribuição já existente. “Em qualquer situação, é necessário homologar o projeto com a concessionária da região do usuário”, afirma Édison Massao Motoki, professor de engenharia elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Também é possível buscar empresas que vendam esses equipamentos produtores de energia, pois elas podem consultar a concessionária e agilizar o processo.

O investimento é um dos grandes atrativos. Ao reduzir o valor da conta de luz, o dinheiro que sobra no fim do mês pode ser direcionado para as parcelas do financiamento do sistema, por exemplo. “A taxa de retorno tem sido atrativa, em média, de quatro a sete anos, com 18 a 21 anos de geração própria, devido a vida útil das placas solares, que gira em torno de 25 anos”, afirma Motoki.

Redução de custos

Além de produzir a energia, é possível enviar a carga para a rede local para usar depois ou ainda ser recompensado pelo extra. O sistema de compensação de energia elétrica, criado pela Aneel, autoriza a transformação do excedente em créditos, que podem ser trocados com a distribuidora local e reduzir o valor da fatura mensal.

Para que isso aconteça, medidores inteligentes bidirecionais fazem o balanço energético mensalmente. Eles medem o volume de energia, identificam quando o sistema não consegue atender à necessidade do usuário e calculam quanto é necessário usar do sistema tradicional. Assim, caso o consumidor receba mais eletricidade do que gerou, paga a diferença. Se gerar mais do que consome, ele terá, pela legislação, até 60 meses para descontar da tarifa de energia elétrica.

Outra opção é ter vantagens na fatura de outro local que esteja na área de atendimento da distribuidora. Por exemplo, é possível gerar a energia na matriz e usar o excedente na filial. Além disso, dá para usar a eletricidade da concessionária enquanto o sistema produz e envia sua energia direto para a rede. Nesse caso, a empresa pode calcular a variação do custo da energia para usar o que vem da rede ao longo do dia e, nos horários de picos, quando a tarifa é mais cara, consumir a eletricidade gerada pelas placas fotovoltaicas.

Conforme informações do Exame.

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