11 de outubro de 2018

Fernando de Noronha terá mais Energia Solar

Moradores de Fernando de Noronha vão ampliar o uso de energia fotovoltaica (solar) em 20% até o final do ano. Conquanto, haverá redução no consumo do biodiesel. Aliás, a utilização de energia fotovoltaica não é uma novidade no arquipélago. O que muda é a perspectiva de armazenamento e ampliação do uso para momentos de ausência de luz solar. Principalmente durante o período noturno. Isso é possível, graças a um sistema de uso inédito no Brasil, que teve o primeiro módulo desembarcado ontem (08) na ilha. Assim, a instalação está prevista para ocorrer até o final do mês.
“É um trabalho inovador em nível nacional e internacional”, garante o superintendente técnico da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Carlos Eduardo Soares, 39 anos, animado com o novo sistema inteligente de armazenamento de energia. Segundo a Celpe, os investimentos são da ordem de R$ 6 milhões. Porém, o projeto inteiro terá aporte de R$ 20 milhões. Conforme estruturado pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Grupo Neoenergia e regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Portanto, a carga de 10 toneladas em equipamentos irá compor o primeiro módulo de armazenamento inteligente de energia em implantação no arquipélago. O objetivo é  potencializar o sistema de geração fotovoltaica em operação em Fernando de Noronha. Assim sendo, com duas usinas solares, Noronha 1 e 2.
O sistema é composto por dois módulos com tecnologia de armazenamento em baterias em íons de lítio. Cada módulo tem 280 kW de potência. Nos horários de geração solar, o abastecimento será feito pelas duas usinas fotovoltaicas. Porém, a energia não consumida recarregará as baterias para uso após o pôr do sol.

Case inovador

Segundo Carlos Eduardo Soares, o trabalho envolve também especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Lactec, além do Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (Iati), na área de ações ambientais com habitantes e turistas. O sistema já tem precedentes de uso no México, Estados Unidos e Europa.
Apesar disso, Fernando de Noronha é um caso inovador, segundo o Grupo Neoenergia, com Sistema de Redes Inteligentes (REI) de perdas muito pequenas e tecnologia smart grid, medidores telecomandados, portal para acompanhamento pela clientela, emprego e teste de novas tecnologias de comunicação e microgeração de energia por residências que direcionam excedentes para o sistema.
Para a clientela não haverá diferença de custo. Conforme antecipa Carlos Eduardo Soares, que considera ainda desligar uma das quatro máquinas geradoras de energia à base de biodiesel. Afinal, a redução do custo de geração de energia deverá chegar a 8%. Ao passo que reduz o impacto ambiental, quando os dois módulos estiverem funcionando, até o final do ano, contribuindo com até 20% da demanda para cerca de mil clientes. A opção pela energia fotovoltaica, explica o superintendente, se dá pela questão da facilidade de transporte e implantação quando comparada à energia eólica.
As informações são do Diário de Pernambuco.


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