8 de fevereiro de 2019

Países em desenvolvimento lideram crescimento da demanda global por energia sustentável

Um relatório anual da Climatescope da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) apontou um avanço significativo na demanda por energia sustentável. Segundo a pesquisa, em 2018, a produção de energia renovável em países em desenvolvimento ultrapassou a gerada por fontes fósseis.

De acordo com o estudo, realizado em mais de 100 países, as fontes de energia neutras em carbono, incluindo hidrelétrica e nuclear, conquistaram a marca de 114 gigawatts (GW) nos países em desenvolvimento. Conquanto, o fato é considerado quase o dobro do que nas nações mais desenvolvidos, que atingiram 63 GW.

Outrossim, de acordo com a publicação, o marco se deve por uma combinação de diferentes fatores.  A saber, o crescimento constante da demanda por eletricidade, além de ações práticas de políticas energéticas inovadoras, bem como custos mais baixos para a implementação de tecnologia e de investimentos significativos em energia limpa. Sobretudo, destaca-se a fonte de energia solar fotovoltaica.

Este conjunto possibilitou que os países em desenvolvimento conquistassem lugar de destaque frente às nações mais industrializadas. Especialmente no que se diz respeito à capacidade das fontes renováveis. Vale ressaltar que foram as “novas energias limpas” que obtiveram destaque no relatório. De tal forma que, a eólica e a solar fotovoltaica representaram 94 GW de um total de 114.

Outro dado importante apontado pela BNEF diz respeito aos países mais verdes de 2018, que traz o Chile como destaque. Os pesquisadores afirmam que “o país latino-americano se destacou em todos os três indicadores monitorados pelo Climatescope. A saber, desde a solidez de suas políticas energéticas, a experiência adquirida na gestão de investimentos em energia limpa e um comprometimento duradouro na descarbonização, independentemente das limitações da rede de energia”.

Cenário mundial

No ranking, Índia, Jordânia , Brasil e Ruanda estão logo atrás do Chile. Enquanto que a China caiu do primeiro lugar da pesquisa anterior para a sétima posição nos últimos 12 meses.

No caso brasileiro, a Bloomberg New Energy Finance (BNEF) projeta, para 2040, que 75% da capacidade instalada no País de energia solar será em geração distribuída. Portanto, equivalente a pelo menos 82 GW. A BNEF apontou ainda que o preço dos equipamentos fotovoltaicos para geração distribuída caiu 83% desde 2010. Sendo este o principal fator pela redução no tempo de retorno sobre o investimento. Tal cenário tem proporcionado quedas de até 90% nas contas de energia elétrica, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos, como escolas e hospitais.

Segundo projeções recentes do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), elaborado pela EPE, a participação da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica deverá ultrapassar 4% em 2024, ante os atuais 0,02%, um crescimento de mais de 200 vezes em menos de 10 anos. Segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte poderá chegar a um percentual de mais de 8% em 2030, somando-se os segmentos de geração centralizada e geração distribuída.

 

Conforme informações do Portal Solar.



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