13 de dezembro de 2018

Rio Grande do Sul ganha estudo a partir do novo Atlas Solar

A potencialidade do Rio Grande do Sul para as energias renováveis foi mostrada, mais uma vez, em estudo. O Atlas Solar do estado apontou que, apenas 2,1% das terras aptas não urbanas em projetos de usinas solares centralizadas já seriam capazes de suprir toda a demanda energética do Estado em 2016.
Nesse espaço, seria possível instalar uma potência de 23 GW de energia fotovoltaica. Assim, produzindo anualmente, cerca de 34TWh de eletricidade. Só para exemplificar, seria o equivalente à média do consumo gaúcho de energia elétrica registrada nos últimos sete anos.
A pesquisa foi realizada a partir de dados de modelo numérico atmosférico específico para mapeamento solar. Logo, validados pelas informações obtidas de 33 estações terrestres automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em solo gaúcho.
O mapeamento é uma iniciativa do governo do Estado, através da Secretaria de Minas e Energia. Além disso, contou com parceria de empresas do setor privado e as universidades Ufrgs, Pucrs e Uergs.

Potencial detalhado

O maior potencial fotovoltaico médio por mesorregiões foi constatado na Campanha gaúcha. Com produtividade média diária de 4,2 kWh/kWp, uma vez que a área conta com as maiores incidências de radiação. Além disso, dispõe de amplas áreas viáveis para a instalação de painéis.
O Noroeste também apresenta avaliação semelhante. Embora a intensa atividade agrícola limite os espaços disponíveis a sistemas de aproveitamento solar. Deixando a região atrás do Oeste do Estado.
Em partes menos favorecidas em incidência, como a Região Metropolitana de Porto Alegre, ainda assim, a produtividade média apresenta valor superior aos registrados em alguns países europeus, como a Alemanha. A secretária de Minas e Energia, Susana Kakuta, durante a apresentação do Estudo, enfatizou que os resultados têm potencial de atrair empreendedores que querem investir nesse tipo de energia, além de balizar políticas públicas, assim como agiram os Atlas Eólico e da Biomassa, apresentados em 2014 e 2016, respectivamente. “Conseguimos, com este estudo, até mesmo mostrar o grau de curvatura de instalação para cada região a partir de georreferenciamento”, disse, ao exemplificar o alcance da pesquisa.
Com o cruzamento de informações do atlas eólico com o fotovoltaico também foi constatado alto potencial de integração entre os dois tipos de produção de energia no Estado, em especial nas microrregiões de Osório, Jaguarão e litoral lagunar, que concentram 50% das áreas aptas à instalação de projetos híbridos.
A secretária lembrou que o Rio Grande do Sul é o segundo estado em unidades instaladas, perdendo apenas para Minas Gerais.
Conforme informações do Jornal do Comércio.


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