19 de setembro de 2019

Sistemas de irrigação das zonas rurais ganham força com Energia Solar

Os sistemas de irrigação das zonas rurais vem recebendo investimentos importantes através da Energia Solar. O Brasil é um país ensolarado, com clima tropical que beneficia diversos cultivos em todas as regiões produtoras. Mas, além de colher alimentos, os produtores rurais podem parar para pensar que é possível “colher” raios solares. Esse recurso natural gratuito, que está disponível de forma abundante durante todos os meses do ano no Brasil, pode ser direcionado com sucesso para a produção de energia elétrica. Os sistemas de energia solar podem beneficiar os agricultores e pecuaristas, com diversas possibilidades de aplicação no campo.

Essa tecnologia não se limita à iluminação. Afinal, pode ser empregada para atender sistemas de manejo das lavouras ou rebanhos, telecomunicações, bombeamento de água, refrigeração, aquecimento ou oxigenação de tanques na piscicultura. Além disso, pode ser um aliado estratégico para sistemas de irrigação. “A geração de energia solar é uma grande alternativa para o campo. Principalmente para reduzir custos com energia elétrica e promover o uso de recursos naturais renováveis. Ainda há o que evoluir nesse segmento. Porém os avanços dos últimos anos foram bastante significativos”, afirma Luis Pedro Fros, engenheiro agrônomo e gerente de operações do Sistema Irriga, uma tecnologia de monitoramento da Irrigação

Como investir na geração solar?

Diante desse cenário, a alternativa solar se mostra cada vez mais atraente. Pois, permite reduzir em cerca de 90% as despesas de energia elétrica. Além disso, com fornecimento adequado para a irrigação sem limitação de horários e sem medo de receber a conta de luz no fim do mês. No entanto, segundo Fros, antes de investir nessa modalidade de geração, é preciso considerar algumas peculiaridades. “Para que um sistema de irrigação passe a ser acionado por energia solar é importante o irrigante planejar o investimento inicial dessa implementação”, orienta o gerente de operações do Sistema Irriga.

A demanda por energia elétrica difere muito de acordo com a tecnologia de irrigação empregada, o que deve nortear o dimensionamento do sistema solar ideal para a fazenda. Segundo Fros, o consumo da energia vai depender principalmente de dois fatores: área irrigada e sistema de irrigação. “Basicamente, a irrigação por aspersão (pivô) demanda um maior consumo de energia devido à alta pressão que esses equipamentos precisam para realizar uma irrigação, se comparado, por exemplo, ao sistema de irrigação por gotejamento”, explica ele.

Por essa razão, Fros orienta que é necessário contar com o auxílio de especialistas na área. A fim de, projetar possíveis demandas para a geração de energia solar. “O primeiro passo seria uma avaliação completa do sistema de irrigação, seguido de uma estimativa de investimento para transformar a forma de acionamento do pivô”, explica Fros. “A realização de um projeto com uma estimativa correta da utilização da energia evita problemas futuros.”

Sistemas de irrigação

A boa notícia é que o produtor pode beneficiar qualquer sistema de irrigação com a energia solar e sem requisitar grandes mudanças na propriedade rural. De acordo com Fros, atualmente o mais usual é instalar os painéis solares interligados com a rede elétrica já existente na fazenda, beneficiando todos os equipamentos que utilizem a rede. Esse investimento não exige adequações nos equipamentos de irrigação. Outra possibilidade seria focar mais na energia solar. “Fabricantes de pivôs centrais têm desenvolvido equipamentos que utilizam energia diretamente dos painéis solares. Nesse caso, são equipamentos específicos, e que necessitam de uma fonte de energia complementar, como geradores a diesel por exemplo”, explica Fros.

A diferença entre essas modalidades de projeto impacta no retorno do investimento. Os sistemas ligados à rede elétrica convencional geram benefícios financeiros, basicamente reduzindo o custo da energia. A outra modalidade, chamada de “off-grid”, permite que os painéis solares operem de forma independente da rede elétrica. “Os benefícios vão além, uma vez que o irrigante poderá utilizar o sistema de irrigação 24h/dia sem se preocupar com as tarifas que deveria pagar se ligasse seu equipamento em horários restritivos”, afirma Fros.

Com o sistema off-grid, as possibilidades de uso são ampliadas, trazendo mais melhorias para o próprio manejo da irrigação. “Isso pode diminuir o preço do sistema de irrigação. Pois, atualmente os pivôs são dimensionados para operar 21h/dia, por exemplo. Logo, necessitam aplicar uma ótima lâmina de irrigação nesse tempo. Ao aumentar 3h/dia estamos falando em quase 15% a mais de tempo, e isso certamente faz com que os projetos possam ter um custo inferior na implantação de um pivô”, explica Fros.

Energia sustentável

Vale frisar também os benefícios ambientais da tecnologia, já que os sistemas solares geram energia limpa e sustentável, isenta de emissões dos gases de efeito estufa, além de não provocar ruídos ou gerar resíduos. É uma forma inteligente de gerar energia com mínimo impacto ambiental. Esses sistemas também dão mais segurança para as atividades agropecuárias. Afinal, garantem o abastecimento de energia em momentos críticos de quedas de energia e oscilações de tensão. Bem como, momentos de pico do consumo nas redes elétricas ou de crises como os “apagões”. Além de ser uma “energia limpa”, no longo prazo proporciona ao irrigante uma economia importante. Consequentemente, gera diminuição dos custos de produção de sua lavoura, opina Fros.

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