10 de janeiro de 2019

Energia Solar atinge marca histórica de 500 MW no Brasil

O Brasil atingiu a marca histórica de 500 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de geração de energia solar. A saber, a marca considera sistemas de geração de energia solar em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

Conforme mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável. Portanto, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,5% das instalações do País.

A energia solar fotovoltaica agrega inúmeros benefícios para o progresso do Brasil. Assim, podemos citar desde a redução de gastos com energia elétrica, atração de investimentos, geração de empregos locais de qualidade, redução de impactos ao meio ambiente, redução de perdas elétricas na rede nacional, postergação de investimentos em transmissão e distribuição. Além disso, contribui para o alívio do sistema elétrico em horários de alta demanda diurna, como nos meses de verão.

Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 75,5% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,8%), consumidores rurais (4,3%), indústrias (2,7%), poder público (0,7%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).

Conforme a entidade, o Brasil possui hoje 49.177 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede. Assim, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 60.090 unidades consumidoras. No total, somando mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos acumulados desde 2012.

Fatores de crescimento

O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, ressalta que o crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais: (i) a forte redução de mais de 83% no preço da energia solar fotovoltaica desde 2010; (ii) o forte aumento nas tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros, pressionando o orçamento de famílias e empresas; e (iii) o aumento no protagonismo e na responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro ajudando, simultaneamente, a preservação do meio ambiente.

“Celebramos com otimismo este avanço para a fonte solar fotovoltaica no Brasil. Com a certeza de que teremos um forte crescimento do setor nos próximos anos e décadas. O Brasil possui mais de 83 milhões de unidades consumidoras e um interesse crescente da população. Por conseguinte, das empresas e também dos gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e coberturas. Assim, gerando energia renovável localmente a partir do sol e economizando dinheiro. Além disso, contribuindo na prática para a construção de um país sustentável, com mais empregos locais e qualificados”, comenta Koloszuk.

Para o CEO da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, o Brasil tem excelente recurso solar e possui condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área. Levantamento realizado pelo Ibope Inteligência em 2018 apontou que 9 em cada 10 brasileiros quer gerar energia renovável em casa. “Além disso, pesquisas realizadas pelo Ibope Inteligência em 2018 e 2017, pelo Datafolha em 2016 e pelo DataSenado em 2015 comprovaram que a fonte solar fotovoltaica conta com amplo apoio de mais de 85% da população brasileira”, ressalta Sauaia.

Ranking Nacional Solar Fotovoltaico

Para acompanhar de perto a evolução da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica nos estados brasileiros, a ABSOLAR desenvolveu um Ranking Nacional Solar Fotovoltaico, que compara as potências instaladas em cada unidade da Federação.

Atualmente, o Estado de Minas Gerais é o único a ultrapassar a marca de 100 MW e lidera o ranking nacional, com 21,80% da potência instalada no País, seguido pelo Rio Grande do Sul (15,7%), São Paulo (12,2%), Paraná (6,1%) e Santa Catarina (5,4%).

 

Conforme informações da Associação Brasileira de Energia Solar.



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