20 de setembro de 2018

Energia Solar no Brasil projeta ampliação de 115% em 2018

Reuters – A capacidade instalada em energia solar no Brasil deve fechar o ano perto de 2,5 gigawatts. Um salto de cerca de 115% ante a marca de 1,15 gigawatt no final de 2017. Conforme projetou nesta quarta-feira (29) a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Assim, o impulso à fonte, que apesar de um enorme potencial representa apenas 0,8% na capacidade do país. Afinal, o cenário atual é de domínio das hidrelétricas. Com crescente participação de térmicas e eólicas, que deve vir tanto da construção de grandes parques fotovoltaicos quanto de instalações menores, em telhados.

Esses sistemas de pequeno porte, conhecidos como geração distribuída, inclusive, devem crescer em ritmo um pouco mais acelerado. Enquanto a capacidade das grandes usinas em 2018, segundo a Absolar, o país fecha o ano com 410 megawatts em energia solar distribuída, alta de 124% ante 2017.

Já as grandes plantas solares devem somar 2,06 gigawatts até o fim do ano. Uma expansão de 114%, segundo a associação, que apresentou suas previsões atualizadas em uma conferência do setor em São Paulo.

Conquanto, os principais fatores que têm puxado o acelerado crescimento das pequenas instalações de energia solar em residências, comércios e indústrias são a disparada das tarifas de energia nos últimos anos.

Evolução no Brasil

O custo no Brasil de um sistema fotovoltaico de até 5 kilowatts-pico caiu quase 30%.  De acordo com levantamento do Instituto Ideal, da Universidade Federal de Santa Catarina, que analisou os dados entre 2013 e 2017.

Segundo o diretor de estudos de energia da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Amílcar Guerreiro, a expansão solar tem à sua disposição no país um universo de cerca de 50,7 milhões de residências –em uma projeção conservadora, sem contar edifícios – ou 3,9 bilhões de metros quadrados em telhados que podem ser cobertos por placas fotovoltaicas.

Isso seria suficiente para produzir energia equivalente a duas vezes o consumo residencial atual no país.

Ele estimou, no entanto, que a geração distribuída como um todo no Brasil, incluindo uma participação menor de outras fontes, deve alcançar cerca de 3% da geração total de energia em 2027.

Apesar da pequena parcela final, isso representaria um crescimento médio de 143% ao ano na tecnologia.

O potencial de crescimento da geração solar no Brasil tem atraído grandes fornecedores internacionais do segmento. A chinesa BYD e a canadense Canadian Solar abriram fábricas locais.

 

As informações são do Bom Dia Feira.



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