4 de setembro de 2019

Ribeirinhos obtêm internet e tratamento de água com Energia Solar

Moradores da pequena comunidade dos ribeirinhos de Franquinho, no arquipélago do Bailique, a 13 horas de barco de Macapá, concretizaram através de painéis solares um projeto de inclusão tecnológica e social iniciado há mais de 3 anos na região. Assim, os cerca de 60 moradores têm tratamento de água e energia elétrica 24 horas em locais de comum acesso.

A instalação integra um projeto vencedor desenvolvido por pesquisadores amapaenses e de outras instituições do país. A estrutura fornece energia limpa para a Estação de Tratamento de Água (ETA), igreja, passarelas e um galpão de armazenamento de polpa de frutas.

O projeto no valor de R$ 1 milhão foi fruto de um convênio lançado em 2016 pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) com recursos custeados pela petrolífera Total E&P do Brasil. As duas foram responsáveis pela seleção.

A coordenação do projeto foi da professora Carla Cabral, doutora em Ciência Florestal que atua na Universidade do Estado do Amapá (Ueap).

“Ela [comunidade] se encaixou em todos os padrões de vulnerabilidade social. Afinal, eles não tinham energia 24 horas. Aliás, era apenas um gerador à diesel por 4 horas por dia e não tinham água tratada. Apresentamos as propostas de energia com biomassa, solar e eólica. A solar atenderia melhor as necessidades deles”, explicou Carla.

Ao longo dos três anos de implantação do projeto, os moradores da comunidade de Franquinho passaram por cursos de capacitação. Desse modo, podem atuar na manutenção dos equipamentos, além de outras áreas profissionalizantes, como informática, economia e corte de cabelo.

As placas de energia solar foram instaladas na região e garantem o funcionamento dos espaços de uso comum. A estação de tratamento ainda tem outra função essencial aos moradores. Pois, além de tratar, atua na dessalinização da água em alguns meses do ano, onde o líquido na região tem a influência do mar.

Energia sustentável em prol dos ribeirinhos

O projeto foi inaugurado de forma oficial no último sábado (31) e vai garantir o desenvolvimento sustentável e social dos ribeirinhos de Franquinho, que fica a cerca de uma hora da Vila Progresso. Porquanto, trata-se da principal comunidade do Bailique.

A energia 24 horas permitiu a instalação de internet e iluminação total da escola. Além disso, possibilitou o funcionamento permanente de 4 freezers que garantem a qualidade das polpas retiradas pelos moradores. Entre as frutas colhidas estão cupuaçu, goiaba araçá, taperebá e graviola.

“Antes eles perdiam muita polpa, agora têm como estocar e garantir a venda total para renda. O projeto era só para a escola e o tratamento de água. Mas rendeu para muitas outras coisas, como a passarela toda iluminada, dessalinizador, internet e rádio comunicador”, completou.

Além de Carla, o projeto contou com apoio de professores da instituição e auxílio técnico dos professores Lauro Machado Neto, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e Cláudio Mudadu, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Conforme informações do G1.

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